Primeira Noite de desfile do Grupo Especial


A primeira noite de desfile foi marcada pelas favoritas:
Viradouro, Mangueira e Grande Rio. Sete escolas se apresentaram na noite deste
domingo (23) e na madrugada de segunda (24). O tempo deu uma trégua e as
escolas desfilaram sem chuva.

Abrindo os desfiles, foi a vez da campeã do grupo de Acesso
2019, a Estácio de Sá. 

Estácio de Sá

A Estácio de Sá levou para o enredo “Pedra”
desenvolvido pela grande carnavalesca Rosa Magalhães. Em busca da permanência
no Grupo Especial, a Estácio contou a história do Brasil ligados à exploração
de pedras, principalmente em serras.

O abre-alas da Estácio de Sá
(Foto:Bruna Brum)

O carro abre alas era acoplado e trouxe desenhos rupestres
e um belíssimo Leão de corpo inteiro, símbolo da vermelha e branca de São
Carlos. O abre alas representava a Serra da Capivara.

A comissão de frente foi coordenada pela coreografa
Ariadne Lax. Eram homens da caverna que representavam a evolução do homem e
veio com um tripé

A rainha de bateria Jack Maia que fez sua estreia
pela Estácio em 2020 veio representando a “Deusa da Mata”

Venha conferir o vídeo do desfile da Estácio de Sá
Viradouro

A Viradouro foi uma das escolas favoritas dessa noite. A
vermelha e branca de Niterói veio com o enredo “Viradouro de alma
lavada”” que retratou a história das ‘ganhadeiras’, descendentes de
escravas que viviam na Bahia. 

Carro abre-alas da Unidos do Viradouro
(Foto:Bruna Brum)

O carro abre-alas era chamado “Prelúdio das
Águas” fazendo referência a uma das canções tradicionais das ganhadeiras.

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Julinho
e Rute Alves bailaram lindamente para conquistar a nota máxima: os 50
pontos.

A rainha de bateria, Raissa Machado completa sete
anos à frente dos ritmistas da furacão vermelho e branco.
 “É uma emoção que não dá para explicar, sentir toda
energia que vem do público na avenida, sentir o coração batendo no compasso da
minha bateria.”, contou a rainha.
Durante as paradinhas, duas ritmistas surgiram no meio da bateria sob uma alegoria
tocando timbal
(Foto:Bruna Brum)
Encerrando o carnaval o último carro veio representando a
coroa da vermelho e branco de Niterói e o grito de Xangô. A vice-presidente
Susie Bessil veio como destaque junto a sua mãe Talita Monassa
O presidente da Unidos do Viradouro, Marcelinho Calil fala
sobre a união da agremiação.
“A Viradouro casa acolhedora, o samba é uma união. Toda
família é sempre bem-vinda aqui. A Viradouro recebe muito bem. O ambiente onde
todos se sentem à vontade. Estou muito feliz em conseguir agregar tudo de bom
que teve nesses últimos anos”, contou.



Venha conferir o vídeo do desfile da Unidos do Viradouro.


Mangueira

Canta Mangueira! Teu samba é uma reza. Em busca do
bicampeonato.
 E após a Viradouro, vem outra favorita ao título, a Estação
Primeira de Mangueira. O público foi ao delírio com a agremiação. E o samba
explodiu e era cantado por toda a escola e pelo povo nas arquibancadas.
A verde e rosa veio com o enredo A Verdade Vos Fará Livre
desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira.

Desfile da Mangueira emociona e leva o público ao delirio
(Foto:Bruna Brum)

O seu enredo fez uma crítica social capaz de reacender em
muitos a chama da esperança e o desejo de lutar por melhores condições de vida.
Para tanto, tocando no lado religioso das pessoas, o samba enredo fala de um
“Jesus da Gente”, que nasce e vive no Morro da Mangueira, filho de pai
desempregado e de uma das tantas Marias das Dores.
Ainda na sagrada família, o carro abre-alas que
representava o presépio, trouxe Nelson Sargento, lendário presidente de honra
da escola do alto dos seus 95 anos, de José, e a marrom Alcione como Maria.

Desfile da Mangueira emociona e leva o público ao delirio
(Foto:Bruna Brum)
O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira Matheus
Olivério representava Jesus e Squel Jorgea representava cabrocha da própria
Mangueira e bailaram lindamente.
A rainha de bateria Evelyn Bastos representava Jesus
Mulher e não sambou nenhum momento e sim interpretava a frente da bateria da
Mangueira.
O abre alas representava o presépio e quem estava
presente no carro foi o eterno e querido presidente de honra da verde e rosa,
Nelson Sargento aos seus 95 anos e Alcione representando Maria, mãe de Jesus.
A comissão de frente coreografada por Rodrigo Negri e Priscilla
Mota mostrava um Jesus carioca, nos dias atuais, “levando uma dura” de
policiais/ soldados romanos.
Alegorias mais imponentes e fantasias muito luxuosas e
arrojadas.

Venha conferir o vídeo do desfile da Mangueira


Paraíso do Tuiuti
A Paraíso do Tuiuti canta a história de São Sebastião
padroeiro da cidade do Rio de Janeiro.
A agremiação foi a terceira escola de domingo e levou para
Sapucaí o 
o enredo “O Santo e o Rei: Encantarias de
Sebastião”, desenvolvido pelo carnavalesco João Vitor Araújo.  
A comissão de frente representava a procissão de São
Sebastião que acontece no Rio de Janeiro. Os Fantoches realistas retratavam
matriarcas da comunidade.
Grande Rio
“Salve o candomblé, Eparrei Oyá
Grande Rio é Tata Londirá
Pelo amor de Deus, pelo amor que há na fé
Eu respeito seu amém
Você respeita o meu axé”

Uma das favoritas da noite, a Acadêmicos do Grande Rio
levantou o público com o seu samba-enredo em homenagem ao candomblé.

A escola cantou e contou a história do irreverente
babalorixá da Joãozinho da Gomeia. 
De forma leve e animada, ela abordou a luta contra o
preconceito e a intolerância foi o grande objetivo da Grande Rio. 

O abre-alas da Grande Rio na concentração.
(Foto:Bruna Brum)
O belíssimo abre-alas era acoplado sendo que no início do
desfile a primeira parte da alegoria entrou na Sapucaí e a outra continuou na
concentração. A alegoria ainda estava colocando os seus destaques enquanto a
primeira parte já estava dentro na Sapucaí formando um grande buraco entre as
alas.
O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira Daniel
Werneck e Taciana Couto veio representando Exu e Pomba Gíria pedindo respeito a
fé de todos.qa

O destaque David Brazil veio com a fantasia representando
uma vedete, com o tema “O brilho de Virgínia Lane”
.
Após 10 anos, a Rainha de Bateria, Paola Oliveira voltou
ao seu cargo à frente dos ritmistas. A rainha chegou na concentração e tirou
foto com todos os componentes e admiradores.

A Grande Rio veio com um elenco de belissimas musas:
Antônia Fontenelle, Pocah, Luiza Sonsa, Thainá Oliveira e muito mais…

Venha conferir o vídeo do desfile da Grande Rio


União da Ilha

A União da Ilha foi a penúltima escola a pisar na Sapucaí
nessa primeira noite de desfiles do Grupo Especial e estouro o tempo. A
agremiação apresentou diversos problemas.
Com o enredo “Nas encruzilhadas da vida, entre becos,
ruas e vielas, a sorte está lançada: salva-se quem puder!” desenvolvido
pelos carnavalescos 
Fran Sérgio e Cahê Rodrigues, apoiados pelo atual diretor
de carnaval Laíla.
 A bateria veio representando estudantes da rede
pública e a Rainha de Bateria Gracyanne Barbosa veio de professora.

O abre-alas era acoplado veio representando as favelas
com helicópteros pedindo a paz.
O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira Phelipe
Lemos e Dandara Ventapane representaram Zé e Maria, em referência aos Exus
donos da rua.
As baianas da agremiação vieram representando as lavadeiras
que sobem diariamente as comunidades.
Portela

“Índio é Tupinambá
Índio tem alma guerreira
Hoje meu Guajupiá é Madureira
Voa águia na floresta
Salve o samba, salve ela
Índio é dono desse chão
Índio é filho da Portela”
A Portela encerra a primeira noite de desfiles.
O dia já estava clareando e a Portela encerrou a primeira
noite do Grupo Especial, na madrugada desta segunda (24), contando
“Guajupiá, terra sem males”. Uma grande homenagem aos índios que
habitavam o estado. 


Os carnavalescos Márcia e Renato Lage assinaram o desfile
da Portela para o carnaval 2020.



A Portela encerra a primeira noite de desfiles.(Foto:Bruna Brum)
A comissão de frente coreografada pelo grande Carlinhos de
Jesus representando o ritual antropofágico cultural dos tupinambás que viviam
no Rio de Janeiro antes da chegada dos portugueses.

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira Marlo
Lamar e Lucinha Nobre representavam os indígenas. A porta-bandeira Lucinha
Nobre veio com uma barriga falsa e em um determinado momento o mestre-sala
Marlo pegava um boneco de bebê escondido na fantasia.

Na segunda cabine de jurados a porta-bandeira Lucinha
tropeçou e quase caiu e acabou enrolando a bandeira.

A rainha de bateria Bianca Monteiro que está no seu
quarto ano à frente dos ritmistas da Portela veio de índia guerreira
Cabloca Jurema.



Venha conferir o vídeo do desfile da Portela.





Primeira porta-bandeira da Portela, Lucinha Nobre
(Foto:Bruna Brum)

Portela encerra a primeira noite de desfiles.(Foto:Bruna Brum)

Portela encerra a primeira noite de desfiles.(Foto:Bruna Brum)

Portela encerra a primeira noite de desfiles.(Foto:Bruna Brum)


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