A Unidos da Tijuca levará para o carnaval
2019 a história do pão e sua relação com a fome e religiosidade. A sinopse do
enredo será “Cada macaco no seu galho. Ó, meu
Pai, me dê o pão que eu não morro de fome! ”.
2019 a história do pão e sua relação com a fome e religiosidade. A sinopse do
enredo será “Cada macaco no seu galho. Ó, meu
Pai, me dê o pão que eu não morro de fome! ”.
Os carnavalescos serão Annik
Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo e a comissão de carnaval conta com Laíla e
Fran- Sérgio. O interprete Wantuir está de volta na Tijuca. O cantor já passou
pela agremiação entre 2001 e 2002 e entre 2004 e 2008.
Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo e a comissão de carnaval conta com Laíla e
Fran- Sérgio. O interprete Wantuir está de volta na Tijuca. O cantor já passou
pela agremiação entre 2001 e 2002 e entre 2004 e 2008.
Veja a seguir a Sinopse do Enredo
2019.
2019.
“Cada macaco no seu galho. Ó, meu Pai, me dê o pão
que eu não morro de fome!”
Através dos “olhos” do pavão, animal que traz a
visão de Deus pela alma e elimina o mal com suas garras, a Unidos da Tijuca vai
passar uma mensagem de esperança em dias melhores por meio da história e
simbologia do pão. Assim como no pavilhão tijucano, o pavão guiará a escola a
revelar a trajetória do alimento mais popular do planeta.
Em tempos de ódio gratuito, intolerância para todos os lados,
e do politicamente correto, o enredo se utiliza de um ditado popular para
sinalizar que, se cada um fizer a sua parte, o mundo há de ser mais justo. A
agremiação frisa aqui que a expressão “cada macaco no seu galho”
utilizada no tema nem de longe lembra o significado primitivo do termo, que era
usado para discriminar a população negra. Dentro do contexto do desfile da
Tijuca, o ditado assume o sentido irreverente característico dos cariocas. Ou
seja, é “cada um no seu quadrado” em busca de uma sociedade melhor.
Essência de todas as escolas de samba, os negros foram (e
são) o pilar desta festa. Portanto, seria contraditório denegrir quem fez e faz
pelo maior espetáculo da Terra.
O título do enredo ainda traz uma frase de clamor pelo pão
que alimenta, seja o corpo ou a alma. Desde a sua descoberta, ele vem curando
as necessidades de muitos, fortalecendo a construção de sociedades. O pão é o
fio condutor que nos levará até os dias atuais.
Afinal, de acordo com o historiador alemão Heinrich Eduard
Jacob, “nenhum outro produto, antes ou depois da
sua descoberta, dominou o mundo antigo, material e
espiritualmente, como o pão foi capaz de fazer”.
que eu não morro de fome!”
Através dos “olhos” do pavão, animal que traz a
visão de Deus pela alma e elimina o mal com suas garras, a Unidos da Tijuca vai
passar uma mensagem de esperança em dias melhores por meio da história e
simbologia do pão. Assim como no pavilhão tijucano, o pavão guiará a escola a
revelar a trajetória do alimento mais popular do planeta.
Em tempos de ódio gratuito, intolerância para todos os lados,
e do politicamente correto, o enredo se utiliza de um ditado popular para
sinalizar que, se cada um fizer a sua parte, o mundo há de ser mais justo. A
agremiação frisa aqui que a expressão “cada macaco no seu galho”
utilizada no tema nem de longe lembra o significado primitivo do termo, que era
usado para discriminar a população negra. Dentro do contexto do desfile da
Tijuca, o ditado assume o sentido irreverente característico dos cariocas. Ou
seja, é “cada um no seu quadrado” em busca de uma sociedade melhor.
Essência de todas as escolas de samba, os negros foram (e
são) o pilar desta festa. Portanto, seria contraditório denegrir quem fez e faz
pelo maior espetáculo da Terra.
O título do enredo ainda traz uma frase de clamor pelo pão
que alimenta, seja o corpo ou a alma. Desde a sua descoberta, ele vem curando
as necessidades de muitos, fortalecendo a construção de sociedades. O pão é o
fio condutor que nos levará até os dias atuais.
Afinal, de acordo com o historiador alemão Heinrich Eduard
Jacob, “nenhum outro produto, antes ou depois da
sua descoberta, dominou o mundo antigo, material e
espiritualmente, como o pão foi capaz de fazer”.
Desenvolvimento
Através dos “olhos do Criador”, revejo o surgimento
do alimento mais importante e sagrado do mundo. Na Mesopotâmia, um dos berços
da civilização, o homem primitivo percebe que a simples exposição ao sol de um
punhado de cereal, batizado como trigo, faz nascer uma massa intrigante. A
“descoberta” dali para frente alimentaria a humanidade.
Foram os egípcios que, com inteligência e sagacidade,
iniciaram o processo de fermentação dessa massa, dando origem ao Pão. Ele
rapidamente ganhou traços simbólicos, seja como moeda de troca ou instrumento
político.
Do pão, foi mantido um Império. Reis e rainhas caíram.
Revoltas e revoluções surgiram.
O povo explorado, muitas vezes escravizado, sempre trabalhou
pelo alimento de cada dia. O humilde proletário, que madruga atrás de condução,
também está em busca de uma vida melhor. E é na fé que esse homem se sustenta.
Fé encontrada no filho de Deus, que se fez carne entre os pecadores. O Cordeiro
de Deus deixou-nos o exemplo da multiplicação e partilha do amor com os irmãos.
Assim como Jesus Cristo, outras santidades dão verdadeiras
lições de que, se cada um fizer a sua parte, mesmo que pequena, fabricaremos,
amassaremos a mistura, que ao crescer, salvará nosso mundo da fome de alimento,
e de sentimentos.
Até porque vivemos em uma realidade tão cruel, em que muitos
ainda não têm acesso ao básico para viver. Os abusos de poder massacram os
desfavorecidos. Estamos no forno, assando, sofrendo, queimando no descaso de
quem deveria olhar pela prosperidade de todos.
Ah se todos fizessem a sua parte.
Se os ardilosos com seu egoísmo e ambição fossem extintos.
O ditado popular “Cada macaco no seu galho” nunca
foi tão essencial como agora. Não no seu significado primitivo, que era usado
para discriminar a população negra – povo que é a essência das nossas escolas
de samba. Se cada um dentro do seu ofício fizer o melhor, teremos o nosso pão e
não morreremos de fome.
É preciso colocarmos no coração verdadeiramente a mensagem do
Pão da Vida para podermos viver nas glórias de um Paraíso Real.
Enquanto não desfrutamos desta abundância, sei que tudo
poderá me faltar: água, pão. Mas nada tirará o meu ânimo de viver. Nada! Porque
sei que nunca me faltará o teu amor, Pai. Amor que gerará filhos, nascidos sem
dor. Filhos que crescerão como homens de bem, direitos. Direitos que serão
ensinados para vivermos em um mundo melhor.
Ouço o teu clamor, por isso, cubro-te de amor e fé pois este
é o verdadeiro alimento da sua alma.
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